quarta-feira, julho 26, 2006

...pequenas doses ...


...as estrelas dançavam no céu, não havia distinção de dia e noite, tudo se misturava, eu vi reflexos do sol durante a madrugada fria, eu cantei até formar uma coisa só, eu não tinha um corpo, um sexo, um pensamento,não tive medo, não quis ser salva...estava diante do mistério e não quis saber o que é o mistério, apenas uma criança que passo a passo quer viver o mundo...

sexta-feira, julho 21, 2006

...pequenas doses ...

Minha vida é passageira...
e eu ainda preciso aprender a amar.

...pequenas doses ...


Descubra as vantagens de cavar o próprio poço.

...pequenas doses ...


Vamos sonhar coração...
Que o melhor sempre aparece.

segunda-feira, julho 17, 2006

...pequenas doses ...


Preciso
Tenho
Desfaço
Recomeço
Entendo
Vejo
Ouço
Intuo
Ando
Encontro
Sinto
Separo
Escolho
Perco
Posso
Recolho
Flutuo
Caio



Onde estive todo esse tempo?



segunda-feira, julho 10, 2006

...pequenas doses de Qorpo Santo



Entre rios

Longe...
Afastando e separando
Depois da descoberta do fogo
E o esquecimento da origem
Munidos de pau e pedra
Encerrados pelo primeiro teto
Vislumbrando a construção de novas paredes
Fomos adentrando a civilização
O estabelecimento programado e rígido de leis e normas
Religião-política-hierarquia-poder-guerra-morte e fim.
Nasço, cresço, me multiplico e morro e morro e mato e mato ou morro?
A construção da realidade
O ter que ir não querendo
Ou não sabendo
Ou apenas indo
A construção dessa realidade
O estreitamento da visão
Estou aqui:
Nesse país, nesse estado, nessa cidade, nessa casa, em mim?
Eu sou a humanidade?
Isso está soando e reverberando em algum lugar que agora e somente agora eu posso ouvir.
E por isso te digo que estar longe de ti é estar longe de mim e simples como entendo que o coração é, percebo a longa caminhada de volta.
E quero isso.
Exatamente isso.
O que cabe dentro de um quadrado?
O que armazeno com tanto empenho?
Depois das altas construções
Depois das línguas mortas
Depois da diminuição
do entroncamento das palavras
Depois do beijo sem alma

Depois da seca da paisagem devastada dos rios soterrados das mortes violentas da fome de amor da miséria da falta de tato do suicídio estudado da negação do que se é,
Depois de ser arrancado da terra
Exposta em carne viva as raízes ainda são raízes?
Falta devolvê-la ao solo, enterrá-la lenta e profundamente até que seus pés se encontrem com outros pés que encontrarão outros de outras origens.
Como dormem os homens?
Como o vento os deixa dormir?
Contigo o que eu sei é que eu sou eu mesma
E tu és tu mesmo
E chegas assim com o peito azul brilhando pelas descobertas mais delicadas sobre as fontes de luz
E atentos, nós teus irmãos e irmãs observamos que também somos seres brilhantes.
Chega sem ser notado
O silêncio é assim
Desfaz os elos malditos
E surge alguma resposta
Mesmo que eu ainda não saiba falar essa língua
Eu adoço porque sou eu é quem está aqui agora
Como tu assim tão pequenino pode ser o mar?
Sim...sim
O que és tu e o que sou eu...Importa?
Do que somos feitos se não um do outro?
Assim como não existe dia e noite, mas a transformação de um em outro...
Dos dois surge o entre.
Por isso te amo
Como amo a todos os que ainda não ouso falar...
Espaço, tempo e luz em todos!
Em todos
Todos
Os caminhos são feitos de sombra e luz
Não, não me espanto...
Sejas
Sejas assim
Sejas sempre
Carregando o universo no ventre no peito na pele
Vamos fazer a eternidade
Eu o universo imenso Tu
Nós podemos criar
Amor
Contigo e com a luz
Quem terá medo?
Altas árvores
A Conformidade não coincide com essa vida
Deixamos nos lábios um sorriso permanente como se pudéssemos esconder a dor, a dor única que sofremos, sofremos a dor de não sermos.
A eternidade é o outro, um igual.
Entro e saio e entro dentro e permaneço na fronteira entre o tu e eu
Estou “entre”...é o melhor lugar?
Estou completa na tarde de hoje
Não posso negar esse dia
Venho de longe
Contenho a ação no punho e o coração desordenado
Ajude-me
Pousa a tua mão na minha e desfaz sem te perder o que me assusta.
Não sei se és único ou a única saída que vejo nesses tempos de hoje...
Os meus desertos estão sendo inundados
Não me resta muita terra firme
Preciso me adaptar a essa nova vida
E as tuas leves canções que falam de amor
Sempre há o Vento
Somente assim é possível continuar
E a vontade de ser
Por que és um, porque sou eu e isso passa a ser eterno.
Um espírito inconquistado e uma alma eternamente livre

E o que tem amor nunca acaba.