segunda-feira, junho 26, 2006

...pequenas doses...


Temos asas para adentrar o mar

sexta-feira, junho 16, 2006

...pequenas doses...


Na
Beira
Desse
Penhasco
Soa
Apenas
Uma possibilidade

terça-feira, junho 06, 2006

poesia ao pé do ouvido...


Ainda estou aqui

Agora...
Dentro
É um e vai durar...
Elevo os suspiros
Vaguei sem rumo
Vejo além do que suporto
Entendi a sua aparição
Um dia de sol
Fico silente
Aguardo um segundo encontro
E antes de tomar a coragem de entregar o peito
Eu já havia escancarado o meu coração
Amar é assim
Sem expectativa
Apenas isso
Amar é a doação plena
E viver nunca foi tão claro
Tudo tem nuança
A grandeza de um mundo que está surgindo
Eu me debatia porque queria uma resposta concreta
Um sim ou não
E agora navego com as mãos vazias
A solidão não me fulminará
Durante os sonhos de agora
Fui abençoada por mil cores
Mas o ir e vir...
Intensifico as partidas
Não agüentando ser dentro dessa casca
Percebo vez ou outra que não há apenas sombras
Eu cresci velha
Eu estou disfarçada...
Sabia?!
É que ninguém descobriu
Talvez ainda me falte coragem de encaixar o espírito nesse corpo
Eu andei sentindo falta do que eu nunca soube
Porque saber só me afasta
E falar nunca foi tão cansativo
Meus discursos estão se esvaindo
Não tenho mais a prontidão que eu tinha
Tudo requer de mim a máxima vigilância
E não morro tanto
E não mato tanto
Apenas desarticulo
Essa é a minha vontade
Quero abrir espaços
Cantar todos os cantos
Beijar despudoradamente e por amor
Sonhar e viver a vida duplamente
Repartir o pão
Declamar poemas ao pé do ouvido
Inflar o peito e transbordar
Derramar
Não me comportar como o convencional
Guiar-me
Fazer as pazes com a minha criança ferida que ainda está chorando em cima do alto eucalipto.
Como se na minha composição houvesse algum sussurro de alguma palavra ou frase, em uma linguagem, que eu ainda não ouso entender.
Amor
Volto para a imperfeição
Invernadas
Meu individuo é coletivo
Amo-te
Divinamente mundana
Floresço fora de época
Ama-me
Mas não ouso demais
Tenho ainda limites
Ainda não tenho coragem de desatar o nó.
O meu traço mais forte está na minha pele.
Toma...
é o meu mapa.

segunda-feira, junho 05, 2006

...pequenas doses...


É o que eu estou fazendo nesse exato instante.
Eu estou tentando.

sexta-feira, junho 02, 2006

Por que somos o que sempre fomos em essência...só que esquecemos.

Em que momento e por que fugimos de casa?
O que nos levou a dormir profundamente durante a construção da civilização?
Por que abandonamos a nossa essência?
Se no princípio éramos pura essência, como foi possível a mente se desorientar tanto e criar essa bomba atômica interna que é o ego?
Se antes não conseguimos permanecer na paz, será possível agora adentrar a futuro tendo ao nosso lado a nossa totalidade?
Como foi antes?
O que éramos?
No que nos transformamos?
Será que espreitando o que éramos, nós poderíamos nos recordar e ter a coragem de voltar para casa?
Deixamos na terra as marcas da nossa evolução
O que nos levou a perder a nossa raiz, a nossa verdadeira identidade?
Eu e tu são coisas separadas?