terça-feira, agosto 29, 2006

...O sol nasce perto dos olhos...


Tanto para ser dito ainda...
abuso das palavras
elas dizem:
continue a saga
sempre em busca de algo
certa de encontrar l
onge daqui as respostas
eu me fiz toda armadura
Aqui nunca é bom
O dia nunca é o ideal
É sempre depois
Não tenho tempo
Tudo me dói
De repente o colapso desfez o cotidiano
Quando fui escurecida de vez
Não cabia mais dentro deste corpo
...
Então eu descobri que é possível ter uma convivência pacífica com ele
Transbordamos nus à luz do dia.
...é quando nada mais importa.

quinta-feira, agosto 24, 2006

...pequenas doses...

De dentro da cela,
algumas vezes não...
Sem proteção.

...pequenas doses...


Só quero ficar

terça-feira, agosto 22, 2006

...pequenas doses...


Eu me engano...
Nem sempre fui assim.

sexta-feira, agosto 18, 2006

...pequenas doses...


Depois de um certo tempo, tudo apodrece.

...Eu...

As coisas amanhecem e depois anoitecem
Vivas as coisas se movimentam incessantemente
Memórias são esquecidas
O riso invade dores
Chorar nunca foi tão preciso
Degelar continuamente
E tudo virará o que sempre foi em essência...

Ainda me pego querendo voltar ao tempo da escuridão
Antes eu me equilibrava feliz entre as coisas

Lembro de um tempo do impulso

Do que mantinha em segredo

Dos olhares cúmplices

Desvario e facilidades

Mas agora...
Agora é escolher sempre.
E escolher de olhos abertos.
E nunca voltar os olhos para trás.
E se voltar os olhos

O corpo inteiro avançará para frente.


O que fica de um único ser?


quarta-feira, agosto 16, 2006

...pequenas doses...


Um ser paciente.

Ser que adoece vez em quando.

...pequenas doses...


Hoje
foi o que eu pude dar.

sexta-feira, agosto 11, 2006

...pequenas doses...


Como morrer com os olhos abertos?

terça-feira, agosto 08, 2006

...pequenas doses...


Eu sinto sempre tanta pena em mim...
Que eu não sei como não saí voando.

sexta-feira, agosto 04, 2006

...Eu...



Eu

Ainda há uma saída e está dentro
Quem mais além?

Eu

E agora que sei das coisas?
Como ser dentro delas?
Eu
Volto de uma longa viagem
Eu
me dói de vez em quando
E me aperta o outro
Eu
se contrai débil em um canto escuro com uma música apropriada
Eu
preciso de muito trabalho para ficar triste
Não posso usar cores claras
Não devo levantar os olhos
Preciso de uma postura de sofrimento
Cabeça pesada
A coluna arqueada
Um franzir forte de testa
E também de alguém disposto a aconselhar-me
Para continuar a morrer eu preciso de cúmplice
Sei que não é o certo
Mas eu quer isso agora
Eu quer ficar triste
Parece que eu sabe das fórmulas que dissipam a dor... o medo
Mas eu ainda está distante de usá-las
ou não.
Não sei se eu saber assim é uma coisa boa
Mas fico satisfeita de eu intentar a vida
Eu
me cobri ontem a noite mansa de sonhos
E a dor era risível
E o amor era a criação
E o outro era apenas
Eu
e
Eu
um qualquer outro.

...O sol nasce perto dos olhos...


Cada partícula de vida se espalha e é cultivada numa fração de tempo infinito
Eu desenrolo o pensar alternando entre pulsar e breves paradas
Onde haviam fronteiras agora há o horizonte
Onde haviam relações agora existe o aprendizado
Onde havia o desejo incontrolável agora há a delicadeza do que é simples.