quinta-feira, abril 12, 2007

...Overdoses...

E sei digo que sei que sei sei!
Quero parar o motor da essência
Calar a boca do mistério
Enfiar a ponta da língua no olho alheio
Entupir o ralo com pele morta
E afundar sem licença poética
Destravando a coleira e
delicadamente
num estilo bem-criada
Rosnar como toda boa moça faz
Não me interessa o silêncio
Quero o mano a mano das idéias
Sem piedade para a atenção excessiva
A pretensão de proteger o outro
Como recheio da carência
E seguir esvaziando a casa
Família vende tudo
Retirar as bóias que impedem o afundar
Sacudir da cabeça os piolhos libertários
do ideal a fazer em crise do não saber
Do que engolir para desinchar
Da terapia de ponta
Calmante natural mente
É muita coisa sem osso
Difícil fica identificar o que travou
Mas tenho todos ao meu lado
Especificamente na prateleira
Muitos somente guardam o pó
Numa existencial dificuldade
o melhor a fazer
é pintar com aquarela
"Vou vivendo"
é um termo de uso costumeiro,
pratico a arte do vou vivendo,
às vezes vôo vive vendo,
mas são raras as decolagens sem que eu
perceba que não tenho onde ir
e mude brusca a direção
em trânsito lento rumo terra

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