
O sorriso difuso
Não tenho que manter
Uma palavra para tudo
Não tenho que manter
Uma verdade para aplacar o medo
Não tenho
Não tenho que manter a fachada limpa
Nem esconder o entulho
Não tenho que manter a mentira
Nem desviar os olhos
Não tenho que ser um exemplo
Não tenho que vestir o combinado
Nem andar calçada eu tenho
Nada mais tenho que me mantenha nos trilhos
Não tenho que manter um amor por pertencimento
Nem a família toda eu tenho
Eu tenho não o dia todo para fazer
Mas o segundo fugidio de cada hora eu tenho
Não resta muito daquilo tudo de eu então...
Desapliquei força
E sobraram os ossos,
intactos.
Um comentário:
Gostei muito deste...
Mas a "pequena dose" anterior foi sublime...
Bjssss
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