quarta-feira, novembro 22, 2006

...O sol nasce perto dos olhos...


Por mais que se arraste o verme afunda na terra.
De repente, depois da tormenta, depois de lavada a terra, da poeira baixar, da onda quebrar, do cachorro latir, da casa ventar, da terra tremer e se partir,depois de sacudir as cinzas e o fogo reascender, depois de descobrir uma grande fonte d’água e não mais temer esses desertos, depois de se fazer de verdade, do osso ao vácuo e ultrapassar a última fronteira...
assim...amor é palpável e concretiza-se em cada parte do seu corpo e será assim mesmo “polpa de vida” matéria dos sonhos, cheio de abundância,não se esgota, depois de passado os primeiros sustos pela aquisição desse ser inteiro, depois de recordar dessas idas, depois de saciada a sede e teu corpo expandir enraizado...depois meu amor...
nada fará tanto sentido.
Silêncio...é apenas mais uma passagem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa...as vezes você assusta qualquer possibilidade de cairmos novamente na sonolência da morte.
agradeço
beijos
carlos