terça-feira, dezembro 12, 2006

...Em homenagem aos companheiros do ISH...aqueles que tiveram a coragem de repartir o pão!


Corpo heterodoxo
Somos parte daqueles que abrem o espírito para outras influências, a parte imaterial do ser humano por opor corpo nasce pronta, transcende a matéria, pertencemos à ordem excelsa.Abatemos exaustos, angélicos e malignos da mata espessa, a parte incorpórea clarividente do ente em adágio, axioma possante, recebem claridade dentro do poço.

Pequenos feixes bastam.

Abrimos a boca faminta como peixes num aquário.
Perguntei porque a calma...

Mas era doce demais para responder com malícia, entoou uma palavra qualquer em riste e disse afastando-se meras e soltas emboscadas.

O atalho eu perguntei, porque essa distância toda?

Mas era aéreo demais para satisfações melindradas, nos deparamos em qualquer feitio e sentimos gratidão porque não nos subtraímos...disse e continuou...
“Tem coragem sem obrigação nesse caminho”, tinha uma rota eu disse aflita, sempre tem uma rota, a direção, eu fui logo reduzindo as possibilidades, o endereço, não tenho razões de te esperar, mas claro como um estímulo, me desiludiu em visões incompreensíveis. O extremado asceta continua e agora sem modéstia dança num círculo de fogo, tento entender como esse outro que não sou eu se manifesta...que alucinação...Empírico, como um receptáculo feroz com dez braços, mas nenhum me fere,

Porque não me golpear?

Seria mais fácil morrer durante essas batalhas...

Sanguinário de invejosas harmonias, não te quero em olho de furacão, sai daqui, eu te digo que é preciso afastar-se dos desatentos, ou não...

Venha aqueduto, com aspecto de canal, atravessando minha estrutura de órgãos, canalizando ar livre, ou subterrâneo, conduzindo para um e outro, não me importo.

O ganha-pão quase sempre me assusta, entrego as mãos em escultura, é de carne e reside na indigente via bem-educada da estupidez do teu não afago, vez ou outra tomba ou é tombada quer de desígnio ou corrupio.

Mãos de veredas incansáveis, de saga e vozes em singular uníssono, eu resumo eu te digo:

Entoa-me...

Eu sou inquilina localizada entre o dedo que aponta e outro que se curva.

Quantas mãos já tocastes?

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo, hermana guerreira poetisa! A coragem maior é se arriscar em pôr pra fora, em ordem lógica, sem ter medo de se perder nos dizeres, o diálogo ego-essência pulsante que permeia a alma e comanda a emoção. Agradeço-te e amo a ti com a mesma força das mãos que ainda quero tocar.