quinta-feira, fevereiro 08, 2007

...Overdoses...

Desenho indelével sob a pele
Marcou de ponta a ponta
o território
A senhora mentiu ou não?
Respostas decoradas com alto teor
“olho por olho e dente por dente”
Não posso fazer nada !
É a herança da família
Estou sobrevivendo apesar
do panorama mundial
(estalando a língua para aliviar-se)
Na saga para buscar a tal família...
Porque ninguém me procura?
Andei esquecendo vínculo e
alguns cumprimentos
Como estar à vontade entre
tantas escolhas?
(falando alto demais)
Todos dizem que não,
não fica bem,
não fica não
Falo baixo e ninguém escuta
Meus fortes estão sendo invadidos

Preciso de um grito
Minhas defesas estão fracas

no automático
DESEQUILIBRADADESEQUILIBRAEQUILIBRANDO
Já não me sinto feliz aqui...

o que fizemos ?
Dançaremos para que o
grande astro nos veja?
O que precisamos fazer?
Longe da morada dos homens,
lá onde temos vontade de ir...iremos?
Lá temos vontade
Repito totalmente muda
Ocuparam-me deixando represas
Explodiram o que velha a vista
Não tudo não,
não adianta
não
(chora baixo e secreto enquanto
perde o fôlego entre um copo e
um mascado cigarro de palha)
Territórios prometidos?
Essa é a santa barbárie,
divididos em guerra,
disputam na mesma morada e
querem estabelecer tetos,
homens ensinam a tarefa
para os que se tornarão...
o que mesmo?
Homens x humanos
Metralhando até os ossos,

armados em relevo mostram
as presas para o combate
os poucos restaram
Restam milhares em tempo esgotado
Deveria bastar uma morte apenas
Mas as palavras só têm o alcance

de quem estica o braço para escolher
com o que se entreter...
(não desiste dessa tal subversão)
Parece tarde demais
Eu nasci num tempo abatido
O oceano está aquecendo,

ouço atenta ao comunicado
A natureza revela seu curso inalterável
Foram-se mais alguns

punhados de nós
O que o mar não leva a terra consome
O que o mar e terra não tragam
O fogo-ar extingue
Quando tudo começou e terminou?
Acho que posso introduzir esse discurso
pela janela
Não...
Chega do pensamento obeso de respostas
O que se pode dizer é que ...
Nem sempre foi assim.

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