
Quando abri a boca saltaram palavras
de uma língua desconhecida
Quando levantei esse corpo
todo ele se pôs em pé
Dei um primeiro passo
mantive o equilíbrio
Explorando mais e mais
descobri áreas de profundo prazer
Nessa busca inocente
restabeleci uma certa ordem de quereres
Eu tinha dentro, seres-pensamento
E tanto em tão pequena vasilha
Outras formas se exibem pelo mundo
e também se parecem comigo...
Mas por enquanto nos ignoramos mutuamente
Vez ou outra
sou pega procurando contato
e me perco de mim numa multidão de eus
Esse conjunto “Eu”,aparentemente
equilibrado, une as partes soltas...
Refaço-me com certa facilidade
defino-me no meio do caos
e é ali que acontece o improvável
Acordamos
...
de uma vez
...
sós
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