sexta-feira, janeiro 13, 2006



Lavo o rosto
Mas não adianta
As mãos não desfiguram
Falta-me aquela não realidade
Tento um suicídio programado
As mãos em concha
A banheira fumegante convida a viagem
Entro em ebulição
Respiro fundo
Encho de água a concha
O rosto dentro da concha cheia
Debate-se
Água escorre entre os dedos
Sobra eu em minhas mãos

Um comentário:

Cristiano Gouveia disse...

Num susto, num beijo às avessas, despe tua farda de desespero.
Beija a carne que é tua.