sexta-feira, janeiro 20, 2006


Para esquecer

A proximidade das coisas
Imóvel
Contra vento
Estúpida rotina
Tornando-se insuportável
Não existe...
O ponto final
Na verdade
Quebrando o solo gelado com pegadas sem propósito
Enredando-me nas folhas,tem pontas e teias...
Cadê a trilha?
Não sei usar facão!
A queda nas geleiras
O córrego se estabiliza é bem desenhado não acha?
Corpo e terra se confundem
Haste do fogão prende meu dedo
Pesadelos:
Eu massageando as vértebras de Almodóvar...
Que papelão ele nem sabe!
Não poderia continuar assim..
Yolande
Inclinava a cabeça sorria
Só seu corpo interessava
NÃO importa
Lince!
Atravessei a fronteira
Aldeia de lugar sem importância
Um homem aparecia
Eu não gostava dele
Ele parecia Pai
Não tem perdão...
Coloquei os óculos
Acelerei bem alegrinha
Fui em direção ao por- do- sol
Um braço como pêndulo
Ranhuras
Parece que vai começar a chover...
Acima das minhas mãos o ar tomou cor
Faz um vôo obliquo mas desesperado os olhos
Minha vida atual me assalta
O vidro a imagem no vidro
Nunca prendi passarinhos não...
Nunca afoguei os peixes com ar...
A névoa no banho ...o espelho nubla minha não imagem

Banheiro : local para desabafar ,é preciso água gelada!

Quando ela me levou na casa dela, vestida a vermelho, eu não me colori, perto do bar as bebidas as fotografias livros com histórias,eu abri uma enquanto ela sumiu no quarto, o altar no canto preservando delicadas simpatias e incensos, um cheiro conhecido me atormenta, a superfície de apoio e almofadas, ela convida ao passeio,ela é saga sem fim, eu tenho validade...suspirei na frente dela,nem viu estava contando e vivendo justo na hora,vou ter que repetir, será que ela vai descobrir minha cara deslavada, decidi nem rugir,só inclinei em concordância,fui sincera,como nunca... tive um encontro desmascarado e vi o real dentro do peito,não suporto ... Falou-me das luzes ,do sagrado sem formas e fomos ao mesmo ponto em épocas diferentes ...mentira, eu nunca cheguei naquele ponto de descascar em plena luz do dia ,nem tive companhia que me enlevasse e afundasse comigo naquela queda-d'água meia- noite e então mudou o ano chovia eu escrevi uma trajetória precária com um risinho que passou...
Ela voltou de neblina chorava engasgando tremia eu eu disse eu acampei longe dos homens naquela noite eu lembro das bromélias e taioba eu lembro da manhã que parti senti falta de alguma coisa... ela estava chegando eu partindo nem nos cruzamos apenas o som fez o meu corpo despertar e lembrei do que esqueci...
Tobias
Brindou ofegante e sem exitar me absorveu aflito e indelicado.
Vamos dormir e esquecer a hora
Dalibor
Pavel
Vou ao bar freqüentemente
Toco percussão improvisando sobre lusco-fusco
“Pontos de vista”
Tudo bem eu paro.
Discussões sobre as três Marias e pirâmides e noticias da guerra e tento com as mulheres,não dá, todas querem decorar a casa e volto para os homens discussões sobre a impossibilidade,falta ,deficiência do sistema ,porque antes a subsistência era... até que me interessa, mas não agora.
Me beija
Quero
Ir para a costa azul
Eu e o pássaro azucrinado
Veja bem querida...
Blue tree towers
Intercity Express
Vigário José Inácio
Grande hotel Master
Everest?
Bairro da tristeza cartão postal...
Tropical Business? Uma boa pedida...
O QUÊ?
...Abriu temporada mais fecha sáb/dom
Não vai dar eu fecho na segunda e não sei não sei não sei se ou quando abro!
Reflexos
Feixes de um ensolarar indesejado
Não pretendo de onde estou... exausta cubro a face
Ocupo-me de xícara e cigarro , combinam com as mãos
Eu aqui ,sem saber dos girassóis
Olhos risonhos
Rã-das-moitas
Reaproximamos
Janek

Era outono, dourava as folhas eu te cobria de tudo o que eu tinha...Era aquilo mesmo que eu tinha...
Borba
Meu guia no Hades circulamos juntos em preciosa cadência...ainda hoje sempre...
Haroldo que inferno:
Esfaqueei por me perseguir, foi mal !
Bati o carro nos trilhos, não sobrou nada, nem eu...
Atirei-me no canal e trombei com um comboio da mancha
Amanheci na valeta do estreito que levava até o mar
Os cogumelos ...são eles ...
Sequoia giganteum da Serra Nevada
Eu disse que só tem no norte da Califórnia ao Sul do
Oregon ...
Bebi um pouco estou destilada
Estou quero dizer
Estou querendo dizer
Estou aberta de Coníferas
De Araucária e pinho Bravo
Não sei se consigo me imaginar uma Sequoia porque ela está tão longe de mim...
Sobreposição de mim em escalas, é bem divertida mim em agonia eu sei fazer rir sei fazer gostar até ser profunda sei e posso aprendo rápido apreendo nefário animalesco varão em mim...
Magnólia acuminata
É ela de novo...
Lá vamos nós
Por que está tão hostil?
Larguei-me em um passo imbecil de dança
Revi as fotos...não vai dar...
Falta de espaço, não sou objetiva, me deixa
...vem comigo... M E A C E I T A eu suspiro sem auxílio eu repouso eu estendo a nuca fico reta inteira não fecho mais pra balanço não falo mais “Na verdade” sorrio franca posso ser gentil de verdade bem não quis dizer no sentido de dizer “na verdade” e sim de ser sincera não não me repito consigo me expressar normal e pausadamente...Quem não consegue... às vezes não, pra te dizer aberta às vezes não...Vem comigo?
Quis impressionar...olha como eu te agrado ...
Que situação!
Macular
Nunca me confessei que bobagem!
Confins
Eu perdi um mês dormindo quem foi que me contou da queda?
Tragacanto
Levei de dois , quatro, há uns anos para poetizar-me
Lepidóptero
Vide bula... Tenho asas nos cílios...acabei de descobrir...
Pedregulho
Seixo
Gelado
Não conheço a neve...
Trágico extraordinário
Artifícios repousam na íris por isso choro fogos artifícios repousam na íris por isso choro fogos artifícios repousam na íris
Senti saudades...

“Em breve” diz no cartaz...

Estou procurando o que passou agora, você viu?
É segredo?
Até pra mim?
Nós temos fábula
Eu nunca soube da tua decisão de me esquecer, NISSO você foi bem por baixo
De repente eu estou te dizendo que somos inimigos...tudo bem ?
O telefone eu não atendo deixa tocar deixa pra lá não quero Não tenho mãos não tenho secretária não...
SEM dúvida!
Roçamos a face violenta de tanto sentir
Deslumbramento?
O que significam essas palavras?
Entre as ondas...mas o mar está longe...Tudo é candura
Topo
Roxas nós caímos toras e destroços no chão
Teu casco no meu ombro tem gravitação
Percebestes o meu vácuo
Isso, encolhe que eu morro, não percebes o tamanho de ti em mim?
Nem eu...É E M B U S T E...contrai.
A procura da imagem
Estou entrando entro sem pedir licença...
Alojei-me nos teus escombros
Teu tocar sensato
Afundei em olheiras
Encosto sem sabor
Porque bruma?
A sétima possibilidade você espumava...
A música continua...
porque ninguém ouve?


Um comentário:

Anônimo disse...

Tuas palavras sofrem danos quando pronunciadas em outras bocas!
De onde vem tudo isso mulher?